O relato em Mateus 12:1 a 8 mostra uma grande diferença entre o ensino de Jesus e o ensino dos fariseus sobre o sábado. Os fariseus haviam corrompido muitos dos mandamentos, porque se apegavam em todos os detalhes possíveis para não tropeçar nas leis. Com isso, muitos exageros eram exigidos por interpretação particular e equivocada. Eles esqueciam que as bases das ordenanças do Senhor estão sobre dois alicerces: o amor a Deus e ao próximo. Jesus mostrou um caminho excelente. O caminho da obediência sincera e verdadeira.
Jesus não aboliu o sábado, mas ensinou que devemos seguir o caminho do amor ao próximo, santificando este dia criado por Deus. Jesus tinha este grande amor. No dia de sábado em especial, Ele estava ensinando, curando e adorando a Deus (Marcos 3:1 a 5; 6:2). Sua pergunta ecoa ainda hoje: “O que é lícito fazer no sábado?”. Se pensarmos bem, a própria pergunta de Jesus já pressupõe que nem todas as coisas podem ser feitas no sábado. Devemos lembrar do exemplo dele.
De que maneira santificamos o sábado?
No princípio de todas as coisas, o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou (Gênesis 2:3). E como vamos santificar o que Deus já santificou? Parece uma tarefa difícil. O que é então santificar? Um dos significados para o termo santificar é “separar para Deus”. Estamos santificando este dia quando deixamos de fazer a nossa própria vontade e fazemos a vontade do Senhor.
Separar para Deus implica em não trabalhar ou comprar no sábado. A raiz hebraica da palavra sábado significa “cessar”. Na criação, Deus descansou no sétimo dia de toda sua obra (Gênesis 2:2 a 3). Sabemos que Deus não se cansa e o sentido coerente da palavra descansar é “cessar”. Ele, no sétimo dia, cessou todo o seu trabalho e abençoou este dia para que fizéssemos o mesmo, pois Deus sabia que o homem, movido à ganância, esqueceria de adorar o Criador. Já aqueles que compram no sábado estão fazendo com que outros trabalhem e, da mesma forma, transgredindo este mandamento. Leia mais em Êxodo 16:4 e 5, 22 a 30; 20:8.
Como eram os dias de sábado na Igreja Primitiva?
A história da conversão de Lídia em Atos 16 mostra que os apóstolos tinham momentos de intimidade com o Senhor todos os dias, mas no sábado procuravam um lugar de oração onde pudessem adorar e servir a Deus sem preocupações. Provavelmente, durante a semana, tinham afazeres, problemas, mas no sábado deixavam todas as coisas de lado. Além disso, no dia de sábado, os apóstolos pregavam (Atos 13:14, 15 e 42), ensinavam (Atos 17:2 e 3) e evangelizavam (Atos 16:14 e 15).