VÉU – SINAL DE AUTORIDADE

VÉU – SINAL DE AUTORIDADE

Como os homens e as mulheres devem se apresentar a Deus nos cultos?


Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 
Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 1 Coríntios 11:4 a 7


Nos cultos das igrejas do primeiro século, as roupas dos homens e das mulheres eram, à primeira vista, muito parecidas. Exceto, pela “cobertura da cabeça”, aqui chamada de kalumma ou véu. Mas o homem não deveria cobrir sua cabeça. Aqui, Paulo rompe com a tradição judaica, uma vez que era costume, desde os tempos de Moisés, os homens judeus cobrirem suas cabeças quando se achegavam a Deus.  Usavam para isso um véu, o talit, nas orações e nas sinagogas.

O ensino de que o homem não deve cobrir sua cabeça reflete o novo em Cristo e é explicado em 2 Coríntios 3:14. Por sua vez, a mulher deveria cobrir sua cabeça para orar e profetizar. Paulo cita nominalmente essas duas atividades para dar ênfase ao ensino que está transmitindo: a autoridade e o poderio espiritual, que devem ser manifestar principalmente nessas ocasiões. Mas em que contexto elas ocorrem? Não é em meio à busca pelo Senhor e à adoração? Dessa forma, o uso do véu se estende ao culto também. Algumas pessoas insistem que o “cobrir a cabeça” pode significar “deixar o cabelo comprido”. Porém, tal interpretação não cabe aqui. No original, cobrir é katakaluptô e significa literalmente “colocar algo sobre a cabeça”. O cabelo já está na cabeça, não pode ser colocado sobre ela. Simplesmente, fica sem sentido. Se quisesse se referir a deixar crescer o cabelo, o apóstolo teria dito isso com outras palavras.

O que o apóstolo quis dizer quando usou a expressão “é como se estivesse com a cabeça raspada”? 1 Coríntios 11:5

Apesar de sua carta ser de natureza universal, ou seja, válida também para outras igrejas, como Paulo a dirige aos coríntios, ele exemplifica a questão com uma situação que aquela comunidade conhecia muito bem. Com isso, busca tornar claro e transparente seu ensino e mostrar as reais dimensões e implicações que tinham aquela atitude de algumas mulheres. Em Corinto, quem tinha a cabeça raspada ou os cabelos cortados bem curtos eram as prostitutas rituais. Paulo, então, diz que as mulheres que não cobriam suas cabeças nos cultos as estavam desonrando (kataischunõ, literalmente “confundir, humilhar, envergonhar), da mesma maneira que faziam as prostitutas que tinham seus cabelos raspados.

Antes de continuar, é preciso entender que o mandamento de usar o véu não é por causa das prostitutas rituais ou para que a mulher não fosse confundida com uma delas. Até porque as crentes já tinham cabelos compridos, o que as diferenciava. Paulo faz uma comparação para que as crentes de Corinto saibam o real tamanho da afronta que fazem ao não querer usar o véu. Para elas era algo muito humilhante ser comparada a uma prostituta. Mas, espiritualmente, quando não usavam o véu, estavam se colocando numa posição semelhante diante de Deus. Assim como elas não queriam que outros a comparassem a prostitutas, Deus também não queria que elas deixassem o uso do véu. Imagine o seguinte diálogo entre Paulo e elas: “Vocês não querem usar o véu? Por que não raspam a cabeça também?”, desafia o apóstolo. Elas respondem: “De forma, alguma! Não somos prostitutas!”. E o apóstolo finaliza: “Ah é? Mas quando se apresentam a Deus sem o véu, trazem tanta vergonha para suas vidas quanto trariam se aparecessem a suas famílias com a cabeça raspada”. Nesse verso, Paulo não espera que elas raspem a cabeça. Sabe que não fariam isso. Quer enfatizar a importância do uso do véu.

 

O que justifica o uso do véu pelas mulheres é o homem ser maior e mais importante do que elas? 1 Coríntios 11:11 e 12

Apesar de ser cabeça (autoridade) sobre a mulher, o homem não é superior a ela. Para o Senhor, ambos são iguais. Um está ao lado do outro. A diferença está na ordem da criação e nas funções e papéis que exercem. Inclusive, nos momentos de adoração. Ao reviver a cena da criação, nos versos 8 e 9, o apóstolo nos leva de volta a Gênesis, não para mostrar a superioridade do varão sobre a mulher, mas para mostrar que cada um tem sua posição e função representativa em relação ao Cabeça, Cristo. O homem, assim, tem sua glória. Já a mulher, tem uma glória diferente, manifestada pelo uso do véu. Mas ambos são iguais em valor e importância, sendo comprados pelo mesmo preço de sangue (Gálatas 3:28 e 1 Coríntios 12:13).

Que outro motivo complementa a necessidade da mulher se apresentar a Deus usando o véu? 1 Coríntios 11:10 / Hebreus 1:14

Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 1 Coríntios 11:10

A Bíblia diz que a mulher de usar o véu por causa dos anjos. Esse segundo motivo complementa o primeiro (1 Coríntios 11:4 a 7) e deixa claro, de uma vez por todas, que o uso do véu não está restrito a uma igreja ou a uma determinada época, mas se deve ao que fez o Senhor e como Ele trabalha. Os anjos são ministros auxiliadores e são enviados por Deus para atuar e ajudar os homens. Devemos saber que eles assistem diretamente o Senhor e, até por conta de toda a experiência que tiveram na rebelião de Satanás, levam muito a sério as ordens e a organização divinamente estabelecidas. Eles prezam pelo ensino, pela Palavra de Deus e operam em conformidade com ambos. Como poderão realizar seu trabalho quando o povo do Senhor não respeita essas ordens? Servirão, sim, de testemunhas contra a insubmissão. Como atuarão em conformidade com a palavra profética de uma mulher que não usa o véu? Que autoridade terá ela? Lembremos do episódio em que os judeus exorcistas tentaram expulsar um demônio “em nome de Jesus, a quem Paulo servia”. Como não estavam na Palavra e na vontade de Deus, o demônio os encarou e questionou: “Jesus eu conheço e de Paulo já ouvi falar. Mas quem são vocês?”. E se apossando deles, deu-lhes uma tremenda surra e os expôs em público. Essa é uma lição a ser considerada por todos que não estão enquadrados na Palavra.

O que motivou Rebeca a usar o véu? Trata-se da mesma ordem que depois Paulo deu em Corinto? Gênesis 24:65 

Apesar de vários princípios serem iguais, aquele véu de Rebeca e o atual véu árabe são diferentes. O véu para uso no culto é uma cobertura para o cabelo e para a cabeça, não para o rosto. Aliás, a Bíblia cita vários e diferentes tipos de véu e também mantilhas. Além desses dois, havia o véu de Moisés (2 Coríntios 3:13); o véu do tabernáculo (Êxodo 26:31 a 37); o véu do templo (Mateus 27:51); o manto com os quais os homens se cobriam (Números 15:38 a 41 e Deuteronômio 22;12); e o véu da incredulidade (2 Coríntios 3:15). Um diferente do outro; sendo que a maioria foi abolida ou é cultural, o que não é o caso do véu usado pela mulher para orar e profetizar.

Que ensino a natureza traz a respeito do cabelo dos homens e das mulheres? 1 Coríntios 11:14 e 15

Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 1 Coríntios 11:14,15

Nessa altura da carta, o apóstolo muda o assunto e passa a falar dos momentos fora do templo, das orações e dos cultos. Repare que ele fala sobre a “natureza”, a forma como as coisas naturalmente são criadas, e não mais mandamentos espirituais. Diferente da mulher, para quem é natural deixar o cabelo comprido, para o homem é comum tê-lo mais curto e aparado. Em Corinto, por exemplo, os homens que tinham o cabelo comprido eram justamente os prostitutos rituais, num flagrante oposto às mulheres. Paulo explica como a natureza ensina que, para o homem, é desonroso ter cabelos compridos no seu dia a dia. Há exceções, por exemplo, os homens da Bíblia que eram separados ou consagrados pelo voto de nazireado (Números 6:1 a 21; Juízes 13:4 a 7; 1 Samuel 1:11).

Como o contexto mostra, agora o assunto é o dia a dia, não os momentos de adoração a Deus. Alguns não aceitam isso e defendem que Paulo teria dito que Deus deixou o cabelo em lugar do véu para qualquer ocasião. Essa interpretação é irresponsável e incoerente. Em momento nenhum, Paulo cita uma possível mudança. Se fosse isso, todo o texto ficaria sem sentido. Como afirma algo antes e, do nada, muda tudo. A verdade não vai contra, ela confirma a Palavra.

Paulo já tinha estabelecido a regra para os momentos de adoração. Para o dia a dia, ele agora diz que a mulher recebeu o cabelo em lugar de véu. Quer dizer, a mulher não precisa colocar o véu fora dos momentos de oração e adoração, mas deve deixar o cabelo comprido, sem cortar. Assim como o véu é a glória da mulher na igreja, o cabelo o é diariamente, diante do marido e de Deus. Como é algo da natureza, depende também da genética. Há mulheres cujo cabelo não cresce muito. Isso não impede a glória delas.

Para saber mais, entre em contato: (11)92006-1042.

 

Este post tem um comentário

  1. Sou adventista, mas concordo com a afirmação do véu assim como do ósculo santo.
    muito teoria e nenhuma afirmação clara como o assim diz o SENHOR, para o não uso do véu!

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